MEDITAÇÕES
Tenho procurado meus dragões
nas avenidas largas e milenares
contidas nas minhas veias e artérias
onde as batalhas que me compõem
desalentam qualquer esperança
de vitória com a tênue lança
inutilmente usada contra os ferrões
dos seus grilhões que me acorrentam.
Na batalha do ermo
atormenta-me a derrota
da guerra no campo do corpo
que é o meu próprio
lutando contra mim mesmo
no silêncio da solidão
inexoravelmente sólida
e da qual não consigo a fuga.