Tem na criança os sonhos mais belos

Tem na criança os sonhos mais belos

E pelos sonhos, inigualável apetite

Não há desgraça, que não dos castelos

Das histórias nas viagens sem limites!

Do pavio curto em relação à saudade

Que devassa o coração vez mais atento

Mas o poema que ele cria de verdade

Se esvai da memória, mas cura o lamento!

Teu choro, assim, que a todos entristesse

Mesmo com manha, mancha o rosto ainda limpo

Já teu sorriso, como se assim sempre vivesse

Já nem compara ao escrito ainda mais lindo!

Logo mais tarde, quando se abre à maldição

Do mundo torto, vil e confuso por si

Junto aos pontífices que em mármore sucumbirão

Toda a beleza de até então, verá teu fim.