BUSCANDO RESPOSTAS

Procuro achar no imo das minhas entranhas

Respostas para os silêncios e lamentos vazios

Mas as sombras negras se revoltam estranhas

Ficando aprisionadas em murmúrios sombrios.

Ficam os gritos silenciosos presos nas ilusões

Com algemas e grilhetas de elos sem prumo

Arrastando correntes de antigas paixões

Vogando à deriva por desejos sem rumo.

Sepultei frustrações nos ventos poentes

Carreguei as saudades nos sonhos adormecidos

Meus fantasmas vagueiam em gritos ausentes

Nas madrugadas insones de vultos perdidos.

Vagabundos passados... esses... de almas caridosas...

Juraram amor eterno à 'menina de sonhos carentes'

Que só queria a felicidade das pétalas de rosas

E recebeu mordaças, repressão e ameaças estridentes.

Tento achar respostas, mas são gélidas... frias.

A Vida Madrasta matou seus filhos à nascença

E a filha do nada ficou de esperanças vazias

Esculpindo sonhos nas lágrimas da descrença...

Choro pela vida que me foi negada neste destino incerto.

Choro pela felicidade desejada e nunca conseguida.

Choro pelas farpas atiradas, caídas num longo deserto.

Choro-me pelas traiçoeiras respostas dadas pela Vida!

By@ Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 10/07/2013
Código do texto: T4380478
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