AMIGOS FINGIDOS

Os amigos fingidos são como os pássaros,

Voam pra longe, onde mais lhes convém,

Não se despedem, são deveras bárbaros,

Preocupam-se só consigo e mais ninguém.

Estão o tempo que entendem, em silêncio,

Nem dizem onde estão, pra os pouparem,

Acham que ser amigo é verdadeiro fastio,

Daí o desprezo, esquecerem e ignorarem.

Só regressam às origens com bom tempo,

Temem ser apanhados por tempestades,

Apalpam o terreno que naquele momento

Pisam, receosos por suas ambiguidades.

Ao serem desmascarados pelas verdades,

Acabam por perder tudo o que não é seu,

Acusações imputadas pelo que era meu,

Pagando os erros, privados de liberdades.

Ruy Serrano, 03.02.2014, às 14:50 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 03/03/2014
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