Agonia silenciosa

O silêncio enfim, emudece minha fala

Prende em si o tempo da minha hora,

É o amor e a dor, o querer que se cala

Sem as palavras proferidas ainda agora.

Esta paz inerte do teu silêncio me abala

Pois mata palavras do amor de outrora,

É a agonia silente no seio frio da senzala

Onde as dores não almejam a nova aurora.

Assim estará envolvida pela sombra escura

E pelo teu silêncio que machuca e não cura

A minha alma que deseja ouvir a tua voz,

O teu silêncio são as dúvidas mentirosas

Espinhos sufocando a nobreza das rosas

A foice erguida, pelas mãos do meu algoz.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 21/02/2015
Reeditado em 21/02/2015
Código do texto: T5144504
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