Desatino

Sou dor, sou desatino,

Sou corrida do destino

À beira da escuridão.

Doença que mata a cura,

Uma mistura de eclipse

Com falta de claridão.

Sou escárnio,pr’a castigo,

Do amor o mais bonito

O verso de imperfeição.

Sou mar enlouquecido,

Sou olhar ensandecido,

Sou vagar, sou solidão.

Voz a clamar no deserto,

Bem na porta do inferno

Um buquê de assombração.

Sou versejar desesperado,

Sou Poema alucinado,

Misto de só com solidão.

Do livro Fogo de Lua & outros poemas.Recife:UBE/PE,2004,p.63.

PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil.

odmar braga
Enviado por odmar braga em 25/09/2005
Código do texto: T53814