Desatino
Sou dor, sou desatino,
Sou corrida do destino
À beira da escuridão.
Doença que mata a cura,
Uma mistura de eclipse
Com falta de claridão.
Sou escárnio,pr’a castigo,
Do amor o mais bonito
O verso de imperfeição.
Sou mar enlouquecido,
Sou olhar ensandecido,
Sou vagar, sou solidão.
Voz a clamar no deserto,
Bem na porta do inferno
Um buquê de assombração.
Sou versejar desesperado,
Sou Poema alucinado,
Misto de só com solidão.
Do livro Fogo de Lua & outros poemas.Recife:UBE/PE,2004,p.63.
PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil.