Noites em Navarra

A capela de Vossos sacros olhos

fecha-se em noite quando muito errei.

E findos os dias em que fostes Lei,

faltam à candeia seus viventes óleos.

Sozinhez tal me obscurece a vista,

já nada posso com essas letras miúdas.

Os capelães entoam, conforme usam,

cantos monásticos por que eu resista.

Corro à janela, donde fito o cervo,

e o vento augusto ainda a rugir montanhas;

belo horizonte ante mim imposto.

Reminiscências que transcendem ao ermo:

frade em Provença, Rossilhão, Champanha;

é do ar do Vasco sempre que eu mais gosto!

Sérgio H
Enviado por Sérgio H em 04/04/2018
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