Névoa
Névoa
Essa névoa que tudo encobre, ofusca minha consciência enquanto ela dorme
Só a lanterna da sabedoria para clarear meu sentidos
Mas ela precisa de combustível para continuar acesa
Senão ficará igual a um bolo sem cereja
Envolta em vultos, em enigmas absolutos
Códigos indecifráveis, longínquas viagens
Perdida no fog, a visão deturpa a razão, carga alta de ilusão
Exomundos de sonhos permitidos
O fio da meada do meu elo perdido
Névoa traiçoeira que umedece o espelho retrovisor
Mistura com o meu suor e condensam minhas lágrimas
E quando caem no chão, queimam tudo que nem brasas
Névoa que mistura e quase nada dissipa
Deixa no ar o cheiro do desejo e uma placa de indicação
Siga seu cortejo
Jonas Luiz
São Paulo, 12/04/18