Atravessando a solidão...

Ah!... Se alheio eu fosse...
À solidão que atravesso...
Se ainda eu me permitisse...
Ter a inocência de viver ilusões,
Que a muito, em mim matei...
Cruzo agora desertos incrédulos
De solidões inconsoláveis
Digiro lento, o vazio,..
De minha vida sem vida
E pior que estar morto...
É estar morto vivo
Suplico água,
E já não me posso saciar
Suplico luz,
E já ceguei meus olhos
Ao fixar o desencanto...
E já não posso gritar,
Se descrédito à voz,
Eu senpre consagrei...
E me tornei surdo,
Quando elegi o barulho,
Como inútil e insano
Morto ou vivo,
Este deserto de solidão
Terei que cruzar


Cesar Machado Sema
18-06-2018



 
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 18/06/2018
Reeditado em 31/08/2018
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