ontem

Ontem

Ontem seria nosso aniversário

Ontem teríamos comemorado

Se ninguém tivesse atrapalhado

Se nós dois tivéssemos impedido

Que a maldade alheia intervisse,

ontem seria nosso aniversário

Se fôssemos amigos, antes de qualquer coisa

Se eu não tivesse lutados sozinha

Sem saber como lidar com teu silêncio

e com a maldade alheia,

ontem seria nosso dia

Não completamos mais um ano

Não haverá outro Natal como aquele (nem houve)

… Tenho medo das pessoas

dos abraços e sorrisos falsos

Tenho medo do que elas são capazes

Faltou comunicação

Faltou confiança

Faltou amizade

Faltou humanidade

Faltou verdade

Faltou Amor!

Sindo o gosto amargo da decepção

vindo de ambos: de você, dela.

Mas sigo sendo a mesma

Levo o mesmo sorriso no rosto

Sigo intacta no caráter

Não sem estragos, é claro!

O coração machucado, ferido, doendo…

Mas vai passar

Não sei dizer quem me machucou mais

Mas me afasto de ambos,

pro estrago não ser ainda maior

PS: Algumas adaptações foram necessárias. Trata-se do tipo de verdade que não quero dizer diretamente. Ao menos, não na poesia. Eu não a usaria para isso, não com esses personagens, e nem com essa história. Ela (a poesia) não merece! Seria uma afronta! Mesmo assim, segue disfarçada toda essa bagunça, em forma de versos, em desabafo. A poesia me perdoará, eu sei.

Joalice Dias Amorim (Jô)
Enviado por Joalice Dias Amorim (Jô) em 17/08/2018
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