ontem
Ontem
Ontem seria nosso aniversário
Ontem teríamos comemorado
Se ninguém tivesse atrapalhado
Se nós dois tivéssemos impedido
Que a maldade alheia intervisse,
ontem seria nosso aniversário
Se fôssemos amigos, antes de qualquer coisa
Se eu não tivesse lutados sozinha
Sem saber como lidar com teu silêncio
e com a maldade alheia,
ontem seria nosso dia
Não completamos mais um ano
Não haverá outro Natal como aquele (nem houve)
… Tenho medo das pessoas
dos abraços e sorrisos falsos
Tenho medo do que elas são capazes
Faltou comunicação
Faltou confiança
Faltou amizade
Faltou humanidade
Faltou verdade
Faltou Amor!
Sindo o gosto amargo da decepção
vindo de ambos: de você, dela.
Mas sigo sendo a mesma
Levo o mesmo sorriso no rosto
Sigo intacta no caráter
Não sem estragos, é claro!
O coração machucado, ferido, doendo…
Mas vai passar
Não sei dizer quem me machucou mais
Mas me afasto de ambos,
pro estrago não ser ainda maior
PS: Algumas adaptações foram necessárias. Trata-se do tipo de verdade que não quero dizer diretamente. Ao menos, não na poesia. Eu não a usaria para isso, não com esses personagens, e nem com essa história. Ela (a poesia) não merece! Seria uma afronta! Mesmo assim, segue disfarçada toda essa bagunça, em forma de versos, em desabafo. A poesia me perdoará, eu sei.