A última música

A nossa conversa ainda está aqui

Não. Eu não apaguei!

Todos os seus vacilos

E minhas dúvidas

O teu silêncio ecoando em minha mente

E eu implorando sua amizade, ao menos...

numa demonsntração exagerada (e ridícula!) de humildade

Nossos emojis anteriores, mimos trocados em vão

Sentimentos em forma de figuras

Os minutos, as demoras, a resposta que não veio,

minha ansiedade na esperança de um gesto de honestidade

Eu sinceramente esperei isso de você, no último momento

Nada é gratuito

E a última música que lhe enviei

cuja melodia é triste...

Não. Eu não conheço a tradução

mas sei que é triste

pois assim como sinto as pessoas, sinto a música também

Minha vida anda corrida

Mesmo assim tiro um tempinho para uma poesia

enquanto ouço nossa última música

Paranaguá, 06 de setembro. 12:12 hs

Obs: Esse poema me instigou por uma investigação. Eu precisava saber o que o artista lamenta na interpretação dessa canção melancólica, nostálgica, triste... cuja sinestesia me é natural. E o resultado: Nada é por acaso, bebê!

(Naked)

(J)

Joalice Dias Amorim (Jô)
Enviado por Joalice Dias Amorim (Jô) em 09/09/2018
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