O Senhor das horas

Eu sei que lhe pareço descontínuo e fugidio.

Pois não espero para seguir o seu compasso.

Também não tento me prender no teu espaço.

Corro veloz mas de mim mesmo ando vazio.

 

Sei que me tomas por um vilão e não discuto.

Que me atribuis todas as suas perdas diariamente.

Apesar de tudo que lhes dou não sou o suficiente.

Mas não se avexes, eu entendo e não lhes culpo.

 

Sua vaidade não aceita as minhas exigências.

O que eu sou apenas lhes faz mais descontente.

Sou o maquinista de um trem bala inexistente.

Mas não arco com as minhas consequências.

 

Quando me for não oferecerei as condolências.

Não chores à toa e nem tampouco te lamentes.

Quando, em ti, eu não tiver mais imanências.

É que você nada mais pensas e já não sentes.

 

Adriribeiro/@adri.poesias

 

 

 

 

 

 

 

 

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 23/09/2020
Reeditado em 13/04/2022
Código do texto: T7070849
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