GRITOS PERDIDOS

Sentei, esperei e olhei

em todo o redor;

lutei, gritei,pensei,

mas fiquei só.

Passaram-se noites sombrias,

eu vivia só no mundo,

sofria de noite e de dia,

apenas um vagabundo.

Noites áureas tive na vida,

quando era rico e poderoso,

hoje sofro com a vida perdida,

para todos pareço vergonhoso.

Sofro seguindo, calado, sorrindo,

ainda levo a minha vida cantando,

e neste caminho, apesar dos espinhos,

sigo sorrindo mas com a alma chorando.

Seguirei o caminho traçado que foi,

neste mundo sinto a vergonha da vida,

vou seguindo, sofrendo, fechando feridas,

levantando e caindo vou sofrendo na vida.

Traçando a compasso sobre uma aquarela,

eu sigo os meus passos,no caminho vou só,

eu sigo meus sonhos, qual uma quimera,

em todo o compasso de eterna espera.

Embora sofrendo, pareço sorrindo,

como se nada houvesse acontecido,

seguindo os passos vou prosseguindo,

irei caminhando, levantando e caindo.

Que me importa morrer se

ao morrer eu renasço?

Que importa viver se

viver é morrer ?

Nada importa a não ser

nascer,viver e aprender.

VEM- 08/03/1969-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 21/11/2007
Reeditado em 15/08/2008
Código do texto: T745656