Aos poucos
De longe, vejo teus passos,
Vestígios de pegadas
Que o tempo há de apagar...
Tua sombra —
De longe, eu a vejo,
Como uma bruma a se dissipar.
Silêncio! É o som da ausência...
Apenas no inconsciente ressoa tua voz,
Em sonhos perdidos,
Sinapses neurais.
E, na realidade, não há sinais —
Nem passos, nem sombra.
A solidão que assombra
É a verdade que há.
Léo Martins
14.05.2025