VAMOS CONSTRUIR A PAZ

Nossa discussão;

O motivo é tão banal,

Está longe a doçura

De era, cheia de ternura.

Após secar-me do banho,

Deixei a toalha molhada,

Atrás da porta...

Não pendurada.

Lá vem você,

Dando-me aula de postura,

Esmagando o meu ego,

Com seu jeito de loucura.

No passado, ainda noivos,

Havia suavidade com fartura,

Hoje qualquer pretexto

Afasta-nos como criatura.

Como se você

Sempre estivesse às alturas,

Sem omissão ou defeito,

Coberta em armadura.

As décadas que se passam

Nossa jornada aproxima do fim,

Para que e por que

Brigamos tanto assim.

Resgatemos nossa paz pura,

Transformar coisas inúteis em água

Que possa ser vinho, ser aquela figura,

Prá nossas vidas, o amor sempre nos perdura.