Turbulências passageiras
Eu não tenho receios por estar triste
Porque ontem eu fui muito mais infeliz,
Pois a espada que se levantou em riste
Cortou a minha carne ferindo-me na raiz.
Mastigarei esta fruta amarga até o fim
Mesmo que me amarre o nó a garganta,
Porque enraizado já esta dentro de mim
A dor da minha solidão que me é tanta.
Eu sinto que tortura-me as unhas da vida
E o ferimento até a morte podera sangrar ,
A gota que rola é gota de lágrima sentida
De um peito já cansado de muito chorar.
Por mais que seja o meu caminho tão duro
Eu seguirei acreditando num novo amanhã,
E esperarei ansioso a chegada deste futuro
Pois sei que até lá, minha alma vai estar sã.