O amor que preciso
Enquanto as estrelas do universo
Brincam no tapete da escuridão,
No meu peito aflito escrevo verso
Tentando fugir da minha solidão.
A lua se desmancha em sorrisos
Banhando de prata cada rosto,
No meu corpo desejos imprecisos
Deixam na boca um amargo gosto.
Uma brisa carrega o suave perfume
Beija a ferida de minhas amarguras,
A luz da lua como seria de costume
Não ilumina as minhas noites escuras.
Se a noite está sorridente e bela
Porque a minha alma se entristece?
Olha por mim, ó Deus que me vela,
Aceite então minha humilde prece.
Sopra distante a névoa do mau agouro
Que encobriu a magia do meu sorriso,
Se possível, te peço, neste dia vindouro
Dá-me de presente o amor que preciso.