O RIO E MAR II

Acalma-se o movimento das águas.
Por detrás um rio, se vai em cachoeira,
E carregada pelos ventos,
Feito poeira, se vai a dor.

Deste amor não ficará marcas,
Pois deixou em suas margens,
Apenas as quatro estações,
Dias e noites de uma longa espera,
Onde os sonhos dissiparam-se,
Um a um, feito fumaça.

Segue então o rio em tortuosas águas,
Toma outro rumo, desce pela mata,
Haverá de passar por seu destino,
Na procura de encontrar um caminho,
De volta aquele mar, que hoje revolto,
Um dia o acolherá como a um amigo.


Pois a natureza é puro movimento,
Um novo rio segue seu percurso,
Cristalino feito um menino,
Trás em si toda a coragem,
De não medir a viagem,
Nem as dificuldades do caminho,
Pois com amor e sinceridade,
Um dia encontrará o seu destino.

PUBLICADO EM 04/11/2003 (SITE DA MAGRIÇA)