TALVEZ

Talvez a vida seja curta mesmo

Como que buscássemos mais

E não conseguíssemos obter

O que realmente queremos

Buscando de um tudo a esmo

Triste descoberta de não obter

O que é no nosso maior intento

O nosso querer não é o mesmo

Então não se apaga o sofrimento

Então sacrificamos nosso querer

Não há completude do que vemos

Mais um dia se foi, dia tão comum

Para quem então não nasceu em si

E não nasceu do vimos ou lemos

Mas ha uma saída quando olhamos

Para a semente que em nós dormita

Algo acima do que então esperamos

La fora não domina o que há aqui

A força do nosso íntimo nos incita

A conhecer o que ainda não vemos

Que na verde é o que nos limita

Ver mais o dia que amanheceu

Sobe a doce face da nova manhã

Ensolarada ou sentidamente nublada

É a arte de um novo e belíssimo Eu

Aluísio Bórden
Enviado por Aluísio Bórden em 01/01/2015
Código do texto: T5087418
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