O canto da alma
Izaura N. Soares
 
 
Meus olhos vagueiam pelo deserto ardente,
Minha alma chora com lágrimas frias 
Meu corpo pula numa esperança contente
Ao ver a alma sorrir no amanhecer do dia.
 
É como se o espirito acordasse feliz,
Apesar de o deserto ser tão distante,
A liberdade fala e não contradiz
As palavras certas com o coração palpitante.
 
O canto da alma, se tornou um hino
Agora feliz no deserto corria
Ao som do badalo de um sino,
Corria alegremente cantando com alegria.
 
Como é bom gritar com a voz de criança
Cantar, pular como nos tempos de outrora
Banhar-se no rio da esperança,
E deixar de lado a alma que chora.
 
Meus olhos vagavam a procura do nada,
Mas o nada apareceu num campo a florir,
A alma sorridente adormeceu abraçada
Aos anjinhos do deserto que se pôs a sorrir!
 
29/09/215