A SENHORINHA

Na rua, uma senhorinha,

Catadeira de papelão,

Puxa um carrinho pesado,

Quase sem forças,em suas mãos.

As vezes para e descansa,

Olha a rua comprida,

O sol ardendo, em seu corpo,

Sem encontrar guarida,

Representa ter sessenta anos,

Olhar triste, face cansada,

Não tem onde se agasalhar,

Seu teto é a calçada.

Ò, pobrezinha senhora,

Não sonhava que fosse assim,

Puxando este fardo pesado,

Parece nunca ter fim?

Seus cabelos estão branquinhos,

Com plumas, de algodão

Muito olham e sente pena,

Outros choram de emoção,

De muitos e muitos curiosos,

Um jovem não suportou,

Tamanho dos sofrimentos,

Que a senhoria herdou.

Pediu licença e disse,

-Possa falar com a senhora?

-Tudo bem? Diga meu filho?

-Não tenho noção o que é hora?

E o jovem a convidou,

Falando com muita alegria,

-Quer morar em minha casa?

-Preciso de companhia?

E a pequenina senhora,

Não sabia o que dizer,

Perplexa por tudo isto,

Que acabara de acontecer,

E este bondoso jovem,

Tratou dela, e fez rainha,

Morando em sua casa,

A mais linda senhorinha.

Autor: Amancio Guerra

Amancio Guerra
Enviado por Amancio Guerra em 19/01/2018
Código do texto: T6230872
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