O suspirar da Libélula...

Flutuando, doce, elegante, e bela,

num fim de tarde, com o sol indo embora, formosa

Libélula achegou-me aos ombros em delicado

pousar, asas cansadas, por instantes parecia ainda

querer voar, mas a vida que a animava segundos

antes, permitindo-lhe desfilar por alamedas

imaginárias, expirava rápido e logo a vi cair,

lentamente, mas antes de chegar ao chão pude

ainda acolhê-la em mãos

trêmulas, amparando-a e protegendo-a de uma

laje fria e indiferente que nenhum ser

deve ter, vivo ou não...