Fugidas ao mar...

Foram até aqui poucas as vezes, menos do que quero e preciso, dos dias de dar umas fugidas e, sem olhar pra trás ou hora pra voltar, deixar-me ao sabor da majestade de um parceiro dos meus pensamentos, o velho e saudoso Mar, que me acolhe e concede o ouvir de todos os meus silêncios, acarinhando-me com as muitas melodias de suas ondas que, em seu ir e vir, beijam, sempre de um jeito novo, todas as praias do mundo, e nesse balé de amor, salvam meus principais desejos rabiscados nas areias, guardando-os para sempre.

O tempo desacelera, a esperança se renova, agradeço e sigo um pouco mais...

Paulo Afonso de Barros