Às vezes

Às vezes sou o próprio sal

E salgo as feridas mal curadas

Cicatrizando-as.

Às vezes sou o próprio sangue

E coagulo as palavras mal ditas

Silenciando-as.

Às vezes sou a própria chuva

E arrasto e limpo as energias ruins

Purificando-as

Às vezes sou a própria carne

E alimento os lares sem vida

Saciando-os.

Às vezes sou o próprio mel

E coloco palavras doces em bocas envenenadas

Curando-as.

Às vezes sou as próprias flores

E perfumo ambientes impróprios.

Colorindo-os.

Às vezes sou o próprio canto dos pássaros

E preencho os peitos arrependidos

Salvando-os.

Às vezes sou a própria sombra

E alivio as almas queimadas

Refrescando-as.

Às vezes sou a cura, o alívio, a esperança adormecida

E faço renascer a vontade pela vida

Reanimando-a.

Às vezes sou o outro de eu mesma

Às vezes sou o alguém do ninguém

Às vezes sou o tudo do nada

Às vezes sou o cheio do vazio

Às vezes sou o próprio furacão

E venho pra transformar a existência de quem já desistiu

Motivando-o.

Às vezes sou o próprio vento

E arrasto para o longe tudo aquilo que danifica

Varrendo-o.

Às vezes sou o próprio eu,

Dando o melhor de mim ao outro.

E assim o revivo.

Elizabeth Eifert
Enviado por Elizabeth Eifert em 28/12/2019
Código do texto: T6829073
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