Súbito
Manter a ilusão sempre;
Desesperar jamais;
Manter a alegria corrente;
A dor deixar para trás;
Escrever meus cantos dolentes;
Esquecer, esquecer em paz;
Celebrar a alegria na fronte;
E apagar a dor que não apraz;
Manter a primavera na mente;
No verão, admirar a luz;
O inverno manter, mesmo rente;
Sua sanha no nível subjaz;
Queeeeero
Jazz
Viés,
Revés,
Tripés,
Anéis,
No leito do convés, no baile do banzeiro,
Luzeiro na fronte sempre, balé sem tecnia,
Verso livre, poesia... sim (desamarrada.
Mas, sua lira arpejada, o violino gemido, sofrido...
Mas lindo). Dai-me violinos em odes à primavera.
Quero ela (não importa o Português. Eu quero é rima, sim)
Ritmo alegre, rápido ou lento para mim.
Passai ao alegro. Passai-me o carmim.
Daaaaai-me
O leito do rio caudaloso;
A chuva molhando a rua;
A janela aberta, alerta;
O risonho tinir dantes...
Criança a sorrir, nua... nua...
Crua inocência
Dizer “sou tua”
Amar... Amar...
Sonhar, desferindo golpes cruentos
Na noite do céu cinzento,
Sem estrela, com nuvens sem chuva.
Sonhar com a bela dormindo à espera,
Sonhando com minha beleza,
Amando... Amando...
Dando-me um amor real.
Quero apagar a realidade.
Por isso procuro a arte, sempre, sempre.
É ela que me mantém normal.