XEPA
(por Sandra Fayad)
Passa na minha rua o caminhão
- Banana, abóbora, melancia...
Microfone em uma das mãos
A outra na direção, vai parando
Aqui e ali com sua carga de Xepas.
Passa o jornaleiro, que já é raro,
Aponta para a folha desbotada
Com letras impressas em azul claro
Pede desculpas ao assinante
Que reclama da Xepa com avaro.
Passam e passam na fila de vacinação
Velhos e outros pacientes vulneráveis
Noutra fila passam jovens esperançosos
Com rezas por tempos mais favoráveis
E olhos na Xepa que sobrará dos idosos.
Nas voltas que a vida dá
Ser Xepado é que está na moda.
Quem diria que um dia
Uma agulhada no braço
Seria prêmio de loteria?
(por Sandra Fayad)
Passa na minha rua o caminhão
- Banana, abóbora, melancia...
Microfone em uma das mãos
A outra na direção, vai parando
Aqui e ali com sua carga de Xepas.
Passa o jornaleiro, que já é raro,
Aponta para a folha desbotada
Com letras impressas em azul claro
Pede desculpas ao assinante
Que reclama da Xepa com avaro.
Passam e passam na fila de vacinação
Velhos e outros pacientes vulneráveis
Noutra fila passam jovens esperançosos
Com rezas por tempos mais favoráveis
E olhos na Xepa que sobrará dos idosos.
Nas voltas que a vida dá
Ser Xepado é que está na moda.
Quem diria que um dia
Uma agulhada no braço
Seria prêmio de loteria?