NOTURNO

Talvez dessa noite

herde o poema que espreitou o dia.

Nesta noite

que me mantenho oblíquo: farol,

deste mar de horas e solidão

assisto o vai-e-vem de elegias

e reinvenções:

versos antigos se reeditam, saltam

da escuridão buscando luz e forma.

Talvez desta noite

o poema nasça

libertando o amanhecer.

Frederico Spencer
Enviado por Frederico Spencer em 23/02/2008
Código do texto: T871829
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