Amado filho

Já faz muito tempo, mas ainda lamento,

Pois não sei o teu nome,

Nunca vi a tua face,

Nem mesmo sei onde estás

Ou quantos anos tu tens,

Sei apenas que vives.

Amado filho,

Jamais poderei te levar à escola,

Ao culto ou para dar um passeio,

Não poderei tocar em tuas pequeninas mãos

Ou beijar o teu rostinho

Ou abraçá-lo de manhã,

Nem mesmo te fazer um simples carinho,

Que farei eu então?

Não sei.

A vida nem sempre é justa,

Pois que justiça há quando um pai não puder ter seu filho?

Um filho que é fruto de um amor proibido,

Rápido e passageiro,

Que deixou marcas para toda uma vida!

Já faz muito tempo, mas ainda lamento.

Adílio Junior de Souza
Enviado por Adílio Junior de Souza em 20/04/2018
Código do texto: T6313736
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