Liçôes de amor

Queria perdoar, compreender,

me calar, quando eu ouvir,

o que não posso entender,

vejo um passado ausente,

velho, cansado e carente,

o que viveu, vive e senti,

e preso em seu pensamento!

Sozinho ele segue,

vai passando lentamente,

esquecido e perdido,

êle chora em silêncio,

vencido, entristecido,

êle morre no presente,

quem esta perto, não sente,

que há, lições de amor,

jogada no esquecimento,

mas o culpado, não vê,

e quem se cala, consente,

nossa herança, e tradição,

descrente, caminha ausente!

Eu não posso suportar,

ver o idoso, disfarçar,

tristezas, em seu olhar,

ver nas marcas, do seu rosto,

grossas, lagrimas rolar,

pois o seu coração, sábio,

sabe, emoções guardar!

Há, eu não posso me calar,

seguir em frente,

como, se eu não visse nada!

se cada passo, desta estrada,

são de exemplos, que me deixou.

Mais poderia ensinar, quem viveu e quem plantou,

construiu e sofreu, mas venceu, porque lutou!

Lições de amor, são nossos pais e avós,

nada pode mudar, muito menos apagar,

o que fizeram por nós!

Serão sempre as raízes,

de um passado, hoje presente,

devagar seguem em frente,

mas no futuro serão,

pelas lições de amor,

do mundo, mestres sementes...

Marlucia Divina da Silva
Enviado por Marlucia Divina da Silva em 19/06/2019
Reeditado em 08/07/2019
Código do texto: T6676404
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