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POR TANTA CHUVA, VIRO SAPO


Buenas, amigos,
depois dessa friagem,
andei encarangando
com muitos dentes trincando.
Chega de chuva noite e dia
relâmpagos, trovões, água fria,
mais de uma semana chovendo
por aqui, ando me vendo
com minhas roupas molhadas,
cheiro ruim de tão mofadas,
fedendo uma barbaridade
dando baita ansiedade,
cheiro a cachorro molhado.
Estou muito apavorado
pelo clima dessa andança,
o sol, aqui, nem se lança
para deixar-me aquecido,
por vezes, ando perdido
pois ele não bota a cara,
seus raios são coisa rara
nem solta gotas de luz
e, mesmo assim me conduz
nessas chuvas das manhãs:
vou virar sapo sem rã
de tanto que chove aqui
me largo já, já daqui,
vou logo secar meu lombo
senão viro sapo num tombo
ou grilo num canto cricri.