Olhando Dentro de Mim
Olho para dentro de mim
Vejo uma bagunça infernal:
Neurônios embaralhados sem fim,
Coração batendo ora bem, ora mal;
Intestino enrolado no rim,
Fígado embrulhado em jornal.
Os pulmões em descompasso:
O direito só inspira,
E o esquerdo joga o ar lá pro baço,
Que engasga, tosse e espirra
Em cima da veia cava,
Esta, num acesso de birra,
Não empurra o sangue e se trava.
Então parei e pensei:
Vou correr pro hospital,
Ou cuidar do funeral?