Ai que mentira...

Seria uma poesia sobre a paixão

Do fogo produzido pela fricção

Mas hoje tava da pá virada

Contaria a mais deslavada

Mais para uma estória da carochinha

Autor muito fora da casinha

Circula por aí que “autor” é ficção

Vive querendo vender ilusão

Especialista no embuste

Das ideias, um sem ajuste

Das poucas, caixeiro viajante

Não compre nada: tremendo farsante

A miragem é seu feudo

O prefixo preferido é pseudo

A vontade de rimar o coloca na rua

Para isto vende até terreno na lua

E até o que pensa, acho que é fake

Verdade aqui é café com leite

Nas promessas parece um candidato

Mas não deixa de ser uma poesia, isto é fato

E mentira está na moda

A gente vê em toda roda

Um trambiqueiro da palavra

Do pomar das poesias ele é a larva

E não tem medo do vexame

Das piadas, o mais infame

Está sentindo-se uma pessoa enganada?

Pela sua amizade ludibriada?

Textos rasos, maquiados

A cada linha você se sente mais prejudicado?

Estelionatário roubando o seu tempo

Do imaginário o mau exemplo

Mas dizem que seus textos são um espanto...

É...De tão ruim não fica um, nem nos cantos

E se você esperava uma bela poesia

Não vale a pena ficar brabo: SORRIA!

(Imagine que está sendo filmado,

Não leve para o outro lado)

Releve, além do mais você estava aí à toa

E isto não faz mal à ninguém: é como uma Lorota Boa

P.S.: vc participou de mais uma pegadinha

Aposto que quem escreveu está dando suas risadinhas

Háháhá, kkk, hihihi, rsrsrs, hehehe :)