È desta maneira que vejo...

È desta maneira que vejo...

aos olhos surrados da minha geraçao

demasiadas-embriagadas-garantidas

noites de nostalgia-o tempo nao passou-ou passou rapido demais

a nossa dor explode pelos poros...

num sentido de sentir o nada, o vento, a morte que ira me beijar

lagrimas de sangue da santa puta que pariu o setimo indigente

da decima-segunda-coluna da terceira-gaveta lote-quatro...morto

da noite que eu dormi na rua pela primeira vez

alucinaçoes e companherismo realizados nessa noite

ficam lembraças nas paredes do cranio...

onde vive a fintar o campo do imaginario

criando ilusoes para conseguir manter-se firme

das merdas que esses garotos ouviram

quando eram jovens-preocupados em seguir carreiras

a sua familia que ignora seus sentimentos

o mundo esta acabando e a maior preocupaçao é

saber como vai terminar a novela das oitos

Puta Merda!cade Jesus cristo?

nessas horas ele nao aparece...

alguem sabe que horas são????

II

uivamos aos nossos sonhos...

pesadelos sendo perseguidos pelos propios mecanismos de ismos

sabendo o ataque feroz que recebemos do mundo

e que mundo garande retorcido e cruelmente amavel

abriga-nos no peito de uma patria suja,

limparemos o cu com as bandeiras impostas, bostas

e o vagabundo que camela por essas ruas sem fim

buscamndo uma dose violenta de qualquer coisa

andando sem ter um norte ou um destino escrito

escrevendo nas estrelas nas noites palidas

só resta o silencio...tao importante quanto o som, o grito

o grito, o barulho, o dialogo

a dose serta de cada coisa ou vamos ultrapasar as barreiras

nao ha limites nas mentes pensantes dos poetas dementes da rua

nao ha limites de sonhar & tomai seu destino

nao ha limites de amar e pregar que isso é possivel

nao ha limites de amores possiveis, ou impossiveis

nao ha limites pra viver como quer viver

III

seremos nós os percusores desta nova era

abriremos as portas da percepçao e tudo sera como é

estamos na terceira margem ouvindo as vozes

se lamentando de possiveis erros cometidos durante vida

se cortando com a terceira lamina na lingua aguda

o virus mortal esta a solta e o nome dele é America

entre gritos de gol e bombas atômicas

ergueram um imperio de maldiçoes e circos de cabeça

curvas perigosas na estrada cadeias de beira de estrada

susurrando nos ouvidos e mordendo os guardas no pescoço

os assassinos da America estao a solta

ninguem sairá vivo daqui!!!quero ouvir os gritos!!!

quero ver a crosta da terra abrir...o que sai la de dentro??

os espectros que rondaram a europa??

a volta das pessoas que ja se foram??

a dor nao é dor quando nao se sente

as visoes das antigas tribos prenunciadas

no ceu rasgados de paraquedas armados

agora é por nossa conta, vamos, mostra seu verdadeiro rosto

venceremos a batalha nunca iniciada...

poeta maldito

POETA MALDITO
Enviado por POETA MALDITO em 24/12/2005
Reeditado em 24/12/2005
Código do texto: T90085