COISAS QUENTES...
Café, dias estranhos...
Dias comuns são frios,
são mornos, retorno.
Cama, lua, calafrio...
a minha rua é fria,
o concreto não me sustenta.
Conhaque, ataque, nervos...
Os meus acervos são de aço,
sou fria, quando acordo assim:
desmaiada em mim.
Sopa, roupa, sotaque...
Provinciana menina do mundo,
de palavras surradas, e olhar
profundo.
Coisas quentes são preciosas demais...