PELOS POROS

Ah! Eu não quero mais

nada.

Nem morrer de amor,

nem de vida assassinada.

Eu quero sim; um calendário

de bolso.

Rasgar rigorosamente todas

as datas...

Eternizar presentes futuros,

regar os meus poros, demolir

meus muros.

Suspirar de afetos, plantar

poemas com afinco e sem

decretos.

Ah! Eu não quero mais nada...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 20/08/2008
Código do texto: T1138199
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