COMA*

Eu opero o poema,

lanceto as palavras,

prolixa: me espeto.

Leito de rio, de homem

explorador... arredio.

Aguço o mito, engulo silêncios,

mas arrebento um grito na

parede do peito.

Leito de rede, de homem

morrendo...de sede.

Eu não palpito, sou cobra criada

num canto, calada.

Do conto de fada, sou ponto.

Do degrau sou a escada.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 03/10/2008
Reeditado em 07/10/2009
Código do texto: T1210106
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