VIDA E MORTE*
Eu não morri por acaso.
No leito das dores frias,
nas mãos encaixotando
agonias.
Eu morri parte,
nasci forte...
Natimorto não grita,
não regurgita sementes.
Nasci...
Descabelando vontades,
ventriculando alforrias.
Eu não nasci por acaso.
Eu preciso tapar meu buracos,
eu começo sanar minhas sedes.
Eu conheço cada palmo de espaço,
reconheço onde estão minhas dores.
Eu penetro cada pedado de abraço,
eu soletro, nomeando temores