ARSENAL
Essa boca de silêncios
essa viagem de arsênico.
Enveneno o fruto que madura,
perfuro o olho que tortura:
Que grita e que chora.
Que chora e que ri de mim.
Prefiro os teus dentes macios,
a brancura da tua chegada
clareando os meus rios.
E antes nunca, do que tarde
acordar dessa cegueira...
E cedo o corte, do que nunca
abandonar essa trincheira.
Esse eu bélico, histérico.
Esse meu de memórias tão
suas, tão nossas, tão retóricas.