A vida como ela é
Inflamava o meu ego a cada batimento cardíaco
Desobstruía a minha infabilidade a cada vez que tocava-lhe
Seu inodoro perfume fazia-me entrar em transe
Todos os feixes de luzes expandidos de seus olhos invadia-me o ser
Todas as vezes que seus lábios mordia-me a carne
Era como se nove punhais sugassem meus desejos
Arrancava-me o coração a meros gestos de sorriso
Desnorteava-me a inexplicáveis suspiros deixados no ar
Sei que no dia em que passar por esta rua que não cruzo mais
E olhar para esta janela que por vezes pulei, eu vou te ver
Eu vou te ver a me perguntar o porquê:
-Por que te estrangulei?