A vida como ela é

Inflamava o meu ego a cada batimento cardíaco

Desobstruía a minha infabilidade a cada vez que tocava-lhe

Seu inodoro perfume fazia-me entrar em transe

Todos os feixes de luzes expandidos de seus olhos invadia-me o ser

Todas as vezes que seus lábios mordia-me a carne

Era como se nove punhais sugassem meus desejos

Arrancava-me o coração a meros gestos de sorriso

Desnorteava-me a inexplicáveis suspiros deixados no ar

Sei que no dia em que passar por esta rua que não cruzo mais

E olhar para esta janela que por vezes pulei, eu vou te ver

Eu vou te ver a me perguntar o porquê:

-Por que te estrangulei?

Luyzla Garrido
Enviado por Luyzla Garrido em 06/04/2006
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