OPERÁRIA de IMPRESSÕES*

A sala vazia e o peito

cheio de poesias

sedentas, agridoces

A moça se perde

pelos cômodos...

Nos ruídos incômodos

que ela expele.

Pede bis pelos poros,

incorpora algo santo

e impróprio pelo próprio

nariz.

A moça é feliz por espasmos,

por vielas e fantasmas que

ela encontra em óperas...

A moça é operária...

Literalmente concebida

pelas coisas doloridas

que ela encontra pela sala.

Essa moça pouco fala

quando exala impressões.

Digitais de mim...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 24/05/2009
Código do texto: T1611743
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