O ESPELHO INVERTIDO*

Sobre o que falam poetas

nas mesas dos bares, nos

arredores de outros ouvidos?

Gemem baixinho sobre

ilusões e compromissos...

Ditam perdões a outros

loucos tão sensatos, narram

fatos pelas mãos.

Sobre o que mentem os poetas

nas linhas escorregadias do papel,

dentro das bocas macias

desenhadas em guardanapos?

São farrapos de outra história

surreal...amam demais, sabem

demais sobre si mesmo.

E a esmo pedem esmola,

esfolam gargantas e morrem

livres...

Sobrepujando poemas e

prenúncios.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 09/06/2009
Código do texto: T1640384
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