O ESPELHO INVERTIDO*
Sobre o que falam poetas
nas mesas dos bares, nos
arredores de outros ouvidos?
Gemem baixinho sobre
ilusões e compromissos...
Ditam perdões a outros
loucos tão sensatos, narram
fatos pelas mãos.
Sobre o que mentem os poetas
nas linhas escorregadias do papel,
dentro das bocas macias
desenhadas em guardanapos?
São farrapos de outra história
surreal...amam demais, sabem
demais sobre si mesmo.
E a esmo pedem esmola,
esfolam gargantas e morrem
livres...
Sobrepujando poemas e
prenúncios.