CORTINAS*

...E dos meus pés molhados

bolhas subiam nem sei como

e nem sei pra onde iam com

tanta pressa.

Não sei porque sumiam no

infinito do meu quarto, no

ar rarefeito do meu espasmo

tolo de euforia...

Elas subiam e eu continuava

sentindo essa coisa de ironia.

E elas mergulhavam ...

E o ar já tão pesado no meu peito

fazia graça e tropeçava no

enfeite da cortina.

E nem a menina dormia

e nem a mulher cochilava:

de alegria. Tamanha trapaça.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 25/07/2009
Reeditado em 26/07/2009
Código do texto: T1717933
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