CORTINAS*
...E dos meus pés molhados
bolhas subiam nem sei como
e nem sei pra onde iam com
tanta pressa.
Não sei porque sumiam no
infinito do meu quarto, no
ar rarefeito do meu espasmo
tolo de euforia...
Elas subiam e eu continuava
sentindo essa coisa de ironia.
E elas mergulhavam ...
E o ar já tão pesado no meu peito
fazia graça e tropeçava no
enfeite da cortina.
E nem a menina dormia
e nem a mulher cochilava:
de alegria. Tamanha trapaça.