Ciranda - Uma balada das sombras

Me vai e volta o hábito de ser criança,

como uma tarde que se esvai

brincando de andar nas sombras,

destemido dos erros, pois ainda estou vivo

descobrindo os segredos do mundo,

andando perdido,

em desalinho com o tempo.

Sempre inventando um motivo crucial,

apreciando o prazer mais nocivo,

como um traidor traído

mata e enterra seus melhores amigos.

um amante agressivo que nas nebulosas noites

satisfaz os desejos, deixando em chamas

todo corpo que já não tenha vida...

toda alma que já não tenha esperança...

Como uma tarde que se esvai,

me vai e volta o hábito de ser criança.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 04/08/2009
Reeditado em 16/09/2009
Código do texto: T1736152