Não levo nada de legítimo

Não, não tenho nada de legítimo

Que não as minhas mil poesias

Onde me conheço bem melhor,

E onde me acho em demasia.

E até às minhas belas mulheres

Me dou em poemas de amor

Ainda que não valham a ponto

(não mais que uma mera flor).

Me prendam pois sou impostor!

Nem amo tanto quanto escrevo

Mas faço em versos, diaramente,

diagnóstico dos meus medos.

Legítimo, não, nada, poemas

Me perco, nem sei mesmo quem sou

Se sou o quem leio após o fim, ou

O que não coube, tamanho o amor.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 22/09/2009
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T1824993
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