ALUCINADA

Eu canto alto e bom tom

Desafino

Aperto o botão - alucinada

Quando a música não mais me agrada

E troco de estação

Agito os cabelos

Batuco as mãos no volante

Os vidros escuros escondem minha loucura

Delírio, alucinação...

Rio alto, mal sabem eles...

No transito, com o calor

Abro a janela e redescubro a realidade fria e nua lá fora

A cidade barulhenta que nunca dorme

Que me assiste impávida

Que acompanha minhas trajetórias

Eu vou indo... E você ?

Eu vou indo te encontrar...

Enquanto isso, ninguém sabe - mas,

sou louca e canto tanto

Pras paredes do carro estourarem de rir

E quem liga ?

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 21/10/2009
Código do texto: T1879097
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