E começando uma nova aurora...

Além dessa névoa escura da noite,

No recôncavo de arenito perto do mar,

E longe dos olhos negros do alquimista

E das mandíbulas de dentes travados,

Rangidos do ódio mefistofélico...

Ponho-me a olhar de cima

Vendo a luz do faroleiro

E a brisa no rosto molhado,

Suado do longo caminho...

Então pulei para fora do corpo

Despido na encosta das ondas...

Olhando o abismo do horizonte sem fim

De onde saiu deus com a boca aberta

Expulsando os demônios da noite

E começando uma nova aurora...

Washington Machado
Enviado por Washington Machado em 05/07/2010
Código do texto: T2359773
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