INSANA (Reeditada)

Meus olhos caem,

doem de pranto.

A mascára da loucura era sana.

Do corpo carnal nada emana - sou bossal!

Boca suja do lixo, rasgo provérbios.

Improviso qualquer oração - Deus nenhum me ouviria mesmo!

Esqueci o metal - vil metal!

Não é preciso...

como sonhos dormidos

e bebo pesadelos.

Rabisco a areia da praia,

pixo o céu com blasfêmias,

derrubo estrelas com meus impropérios.

Embriagada de tédio

corro num carro velho atropelando a vida

e omitindo socorro.

Brigo com o vizinho,

prendo o passarinho,

chuto o cachorro

e morro...

morro de rir.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 22/03/2011
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