Sangria Desatada

Febril e suado... denunciador.

Unidos agora, denúncia do amor.

Núpcias fadadas, um eterno clamor.

Chega de rimas que rimam com flor...

Minha noiva me espera sorrindo.

Maliciando um estúpido sonho.

Entre as rosas funéreas e agrestes,

Nossa cama... nosso sexo tristonho...

E ela me bate, me corta, machuca;

Cheira meu corpo e consome da fruta.

Abaixo ou acima, não sei se termina.

Se continua, não cabe na rima...

Já eu termino, tentando ser forte,

Pergunte seu nome e ela dirá: Morte!

Alencar Moraes
Enviado por Alencar Moraes em 15/04/2007
Código do texto: T450751