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O ANDARILHO 
 
Vou andando pela estrada sem parar
Durmo no mato ou onde me derem pouso
Co’a mala de lembranças a levar
Té o dia que na vida achar repouso.
 
Mesmo sofrendo voltar eu não quero
É o destino de um pobre andarilho
Visto-me do que me dão e sou sincero
No caminho do sol sigo o seu brilho.
 
Contemplo as maravilhas da natureza
Instrumentos de trabalho é a caneta
Lápis e papel é minha riqueza
Em meio ao choro sai a poesia seleta.
 
Com meu olhar triste contemplo o céu
Entre lágrimas contemplo o pôr do sol
Esqueço o sofrimento e viajo ao léu
Faço alguns versos olhando o arrebol.
 
Andarilho vai a chorar e a sorrir
Quem olha para ele não dá valor
E assim com seu destino a prosseguir
Com seu versejar vivificador.
 
(Christiano Nunes)




Este poema é uma republicação. Publicamos a primeira
vez em outubro / 2016