Alívio

Ouço dentro do meu ninho

Suave canto dos passarinhos

Solitários a voar

Neste imenso céu azul marinho

Eles desejam encontrar

Quem sabe até algum caminho

Onde eu possa me esconder

Onde eu possa me iludir

Óde a minha salvação!

Ódio não deve existir

Me intrigo com o tempo

Me deixo solta como o vento

Sopro leve para o alto

E me vem um pensamento

Entre mistérios rubros feitos

Escaldante a tua magia

Minha ceita é serena

A tua,

Fantasia !

Sorrateiro é teu lar

Teu silêncio

Teu luar

Tua imensa solidão

Cheiro quente

Queima não!

Em vão

Tão doce

Tão pequena

Essa cidade está amena

Há destroços de vaidade

Há memórias esquecidas

Há caminhos de verdade

A tua virtude denegrida

Imagens santas em apelo!

Meu grito inunda teu calar

Minha boca sangue e gelo

Meu fervor

Vai te queimar!

Sou pedra

Sou tão pouco

Nada que me guia

Sou a estrada do romeiro

Sou imensa

Intensa

Macia !

Agouro ardido em meus ouvidos

Florestas pintadas de terror

Eu ouvi tantas histórias

Tantas, tantas de horror !

A selvagem malícia

De um olhar tão juvenil

Me pediu teu abraço

Me amou

E me sorriu

Sentiu ?

Sem ti !

Voo, voo...

Para longe se foi de mim.

Bruna S S E
Enviado por Bruna S S E em 10/12/2018
Código do texto: T6523199
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.